O secretário estadual de Transportes e presidente do MDB no Rio de Janeiro, Washington Reis, continua inelegível e, por enquanto, não tem chances de disputar o governo do estado em 2026. Apesar de recentes movimentações no Supremo Tribunal Federal (STF), a condenação que lhe retirou os direitos políticos segue válida até a conclusão do julgamento.
Condenado a sete anos de prisão por crime ambiental e loteamento irregular durante seu mandato como prefeito de Duque de Caxias, Reis tenta reverter a decisão com base na tese da abolitio criminis — segundo a qual mudanças em normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente descaracterizariam o delito.
O processo está em análise no STF desde março, quando o relator, ministro Flávio Dino, votou pela manutenção da condenação. Ele foi acompanhado por Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. Apenas André Mendonça se manifestou a favor de Reis. O julgamento foi interrompido após pedido de vista de Gilmar Mendes.
Em junho, o decano já havia despachado uma manifestação apontando a possibilidade de um acordo de não persecução penal, que poderia converter a pena em reparação de dano ambiental. No entanto, isso não alterou a situação jurídica do secretário.
No dia 8 de agosto, Gilmar Mendes informou ter finalizado seu exame do caso e indicou que o processo pode voltar à pauta para a retomada do julgamento. A decisão final, no entanto, ainda depende da marcação de data no Supremo.
Enquanto isso, Reis permanece sem direitos políticos e fora da disputa eleitoral. Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ele buscava se consolidar como alternativa ao presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União), nome hoje mais forte no grupo bolsonarista para a sucessão do governador Cláudio Castro (PL).
Até que o STF decida de forma definitiva, Washington Reis segue inelegível e sem condições de se lançar candidato em 2026.


