Um jovem de 23 anos foi preso em Lavras, no Sul de Minas, durante operação Black Dolphin, que combate a pornografia infantil nesta quarta-feira (25).
Ele é suspeito de integrar uma organização criminosa voltada ao armazenamento e comercialização de material do ramo, além do aliciamento sexual de crianças. Além de Minas Gerais, o trabalho se estende para os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Ao todo, dez pessoas foram presas, sendo três em Minas Gerais.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações começaram em 2018, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. “Operação de inteligência prendeu em São Paulo um indivíduo que pretendia levar a sobrinha para a Disney e vendê-la com abusadores russos, alegando que ela teria desaparecido no parque”, afirma Polícia Civil.
Durante a investigação, os policiais fizeram ronda em mais de 20 comunidades virtuais. “Foram encontrados mais de 10.000 contas de email, cinco nuvens exclusivas com imagens abusos infantis, abrigadas em países do leste europeu. Foram encontrados predadores que produzem, compram e vendem material de abuso infantil, sequestro e tráfico de crianças para abusos”, explica.
Em 2019, a Polícia Civil identificou o ‘nick name’ de um provável chefe da Organização criminosa. “Dizia que estavam protegidos pelo anonimato e que as leis brasileiras são ridículas. Afirmava que no Brasil não tinha prisão para segurá-los. Somente a Colônia número 6 Russa, conhecida como Black Dolphin, poderia detê-los. Essa prisão localiza-se junto à fronteira do Cazaquistão, abriga somente presos condenados à prisão perpétua e é conhecida pelo rigor no tratamento dos detentos”, diz.
Este ano, os policiais descobriram que, esse possível chefe identificado, tinha residência no Brasil. Em agosto, a Polícia Civil instaurou um inquérito policial pela Delegacia Seccional de Polícia de São José do Rio Preto. O trabalho permitiu a quebra de sigilo telemático dos envolvidos e expedidos os mandados de busca e apreensão. “Foi perfilado como machista, autoritário e possessivo”, ressalta.
Além de Minas Gerais e São Paulo, o trabalho da Polícia Civil também se estendeu para os estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. “Mais de mil policiais e 225 mandados foram cumpridos nos quatro Estados”, diz o delegado Pedro Paulo Marques, chefe do 6º Departamento de Polícia Civil de Minas Gerais.
Em Lavras, a Polícia Civil cumpriu um mandado na cada de um jovem de 23 anos, suspeito de integrar uma organização criminosa voltada ao armazenamento e comercialização de material de pornografia infantil, além do aliciamento sexual de crianças. “A operação ainda está em andamento, mas 10 pessoas foram presas, sendo três de Minas Gerais”, finaliza.