O técnico Odair Hellmann, do Fluminense, após a vitória por 3 a 0 sobre o Figueirense na noite de terça-feira, pela Copa do Brasil, levantou uma bandeira para a mudança da regra de cinco substituições, que passou a ser adotada na retomada do futebol brasileiro devido à longa paralisação causada pela pandemia do novo coronavírus. Em entrevista coletiva por videoconferência, o comandante tricolor defendeu que as alterações não fiquem restritas a três ocasiões da partida:
– Vejo muita conversa sobre as cinco substituições, essa preocupação de fazer em três movimentos para não demorar tanto. Mas não são as substituições que fazem com que um jogo demore, são as faltas e o tempo que se leva para cobrá-las. Para um futuro, penso que deve-se liberar mais movimentos de substituição. Porque se o contraponto é que demora fazer as cinco substituições, pega o número de faltas e o tempo que se demora e compara a diferença que tem.
– Só três movimentos te travam muito. Se você faz um movimento que não está pensando, como no caso de hoje (Yuri sentiu), você só fica com dois (para colocar quatro jogadores). Se a equipe está bem, produzindo, por que vou mudar dois ao mesmo tempo? É uma coisa para a gente conversar, discutir, colocar contrapontos e chegar a uma melhor situação.
Nos últimos seis jogos, Odair só usou as cinco substituições na derrota para o Grêmio por 1 a 0 em Porto Alegre, na estreia do time no Campeonato Brasileiro. Desde então, ainda não conseguiu conciliar todas as alterações dentro dos intervalos permitidos, quando sentiu necessidade.
Odair defendeu sua ideia publicamente, e faz parte do perfil do treinador externar posições sobre as quais ele não concorde ou acredita ser necessária uma discussão. Por exemplo, na final do Campeonato Carioca, o técnico indagou a Ferj em entrevista coletiva do por quê ela não fazia os dois jogos da decisão em dois domingos, já que não havia outra competição acontecendo, para dar mais descanso aos jogadores. Na época, não adiantou o apelo, e a segunda partida foi na quarta-feira.