Após nascer prematura e perder a mãe, que não resistiu ao parto de emergência, foi registrada como Vitória a bebê de Barra Mansa, RJ, que segue lutando pela vida. A criança está internada na UTI Neonatal do Hospital da Mulher e tem reagido bem ao tratamento, respirando sozinha e aceitando a dieta. Segundo a unidade, ela não faz mais uso de medicações venosas e continua sem previsão de alta.
O Conselho Tutelar e a Promotoria da Infância e Juventude receberam um relatório do hospital e a assistência agilizou o processo de registro do bebê, que nasceu com 1.005 gramas. A mãe da pequena Vitória estava grávida de 27 semanas, menos de sete meses de gestação, quando precisou ser submetida a uma cirurgia de emergência. Maria Edjane de Lima, de 35 anos, foi espancada pelo marido, com golpes e chutes na barriga. Ela foi levada para o hospital com sangramento e morreu após complicações no parto.
A secretária de Assistência Social e Direitos Humanos de Barra Mansa, Ruth Coutinho, disse que a iniciativa da pasta foi de prestar o máximo apoio possível a bebê e à família. “Infelizmente mais uma mulher foi vítima do feminicídio na nossa região, a situação ainda era mais agravante, pois ela estava grávida e dada às circunstâncias ela teve que ter um parto prematuro. Quando nós recebemos a notícia iniciamos, junto a unidade, a mobilização de toda a rede envolvida, como o Conselho Tutelar”.
Segundo a diretora do Hospital da Mulher, Fernanda Chiesse, o quadro da pequena Vitória está evoluindo de forma natural. “Estamos ofertando a paciente, desde o início o atendimento baseado em protocolos mundiais da neonatologia. Esse processo tem nos mostrado positivo”.
O corpo de Marida Edjane foi enterrado no Cemitério Municipal de Barra Mansa na segunda-feira (11). A família não teve condições financeiras para ir até a região para realizar o sepultamento ou fazer o traslado do corpo.
Oberdan Gonçalves Braga , de 45 anos, foi preso e levado para 90ª Delegacia de Polícia (Barra Mansa), onde foi indiciado pelo crime de lesão corporal seguida de morte.
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Maria Edjane de Lima era natural de João Pessoa, na Paraíba, e tinha 35 anos. Ela foi espancada pelo marido e morreu em Barra Mansa — Foto: Divulgação
VIA: G1