De acordo com um estudo realizado pela CordCutting.com, 1 em cada 5 pessoas estão se aproveitando da conta de uma outra pessoa para assistir aos vídeos da Netflix, Hulu ou Prime Video da Amazon. Grande parte dos usuários usam as contas dos familiares, e 48% usam o login dos pais, enquanto outros 14% usam as credenciais de sua irmã ou irmão, sem que tais assinaturas sejam do tipo familiar, que dá acesso a usuários da mesma família com um só login, cobrando um preço mais caro por isso.
Considerando o preço base de US$ 7,99 por mês dos EUA, os usuários que usaram o acesso de outra pessoa podem ter economizado US$ 207,74 ao longo de um período de 26 meses. Mas, de acordo com o estudo, esse valor pode ser ainda maior. O relatório estima que a Netflix pode estar perdendo US$ 192 milhões em receita mensal com essa prática — em comparação, a Amazon e o Hulu apresentariam um prejuízo de US$ 45 milhões e US$ 40 milhões por mês, respectivamente.
Apesar disso, existe um argumento explicando que quem utiliza os acessos de outras pessoas nunca pagaria para obter o serviço e que, portanto, a empresa não deveria tratar esses números como prejuízos ou considerá-los como pirataria, convergindo com a ideia sobre o público que realizava downloads ilegais de músicas ou de torrents no passado.
Sobre a contratação do serviço de streaming, há uma parcela do público que afirma que pagaria pela assinatura caso perdessem o acesso compartilhado. De acordo com o estudo, 59,3% — ou cerca de 14 milhões de pessoas — disseram que pagariam para criar uma conta da Netflix se isso acontecesse. Esses números se traduziriam em um aumento de pelo menos US$ 112 milhões em receita mensal para a empresa. Vale lembrar, no entanto, que pode haver uma grande diferença entre o que os consumidores dizem que farão e o que de fato acabam fazendo. Assim, tais afirmações precisam ser levadas apenas como considerações, e não como projeções concretas.
É necessário ressaltar, também, que este estudo calculou os números observando a conta de exibição única por vez na Netflix. Ou seja, o pacote destinado a ser usado por um único indivíduo, que é justamente o mais barato.
Fonte: Tech Crunch