Pela primeira vez, a folia de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, terá temática voltada para a inclusão das pessoas com deficiência. O projeto “Carnaval Para Todos” já elegeu, inclusive, o rei momo Carlos Augusto e a rainha do carnaval Thays Helena, ambos com síndrome de Down.
No dia 1º, às 16h, Carlos recebe a chave da cidade das mãos do prefeito de Cabo Frio, Adriano Moreno, abrindo a festividade no município.
“Tendo um rei momo e a rainha do carnaval – símbolos [do carnaval], ícones culturais – com deficiência, a gente tira todos os esteriótipos de modelo. A gente poder entregar a chave da cidade a uma pessoa com deficiência diz ‘vocês têm liberdade, vocês têm direito dentro da cidade'”, explica Luciana Huguenin, uma das colaboradoras do “Carnaval Para Todos”.
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Organização comemora aprovação do ‘Carnaval Para Todos’ como tema da folia em Cabo Frio, no RJ — Foto: Projeto Carnaval Para Todos/Divulgação
Uma estação adaptada para pessoas com deficiência será montada próxima aos quiosques da Praia do Forte, onde haverão bailes de carnaval com animadores, brincadeiras e sorteios de brindes. O espaço funcionará de 2 a 5 março, das 14h às 17h30.
A programação foi oficializada após o prefeito de Cabo Frio firmar, na última segunda (18), a parceria com a Associação de Blocos e Atividades Carnavalescas de Cabo Frio (Abaccaf) para o carnaval de 2019. O documento oficializou o rei momo e a rainha do carnaval com síndrome de Down.
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Carlos Augusto, rei momo do carnaval 2019 em Cabo Frio, RJ, vai receber chave da cidade — Foto: Projeto Carnaval Para Todos / Divulgação
‘Carnaval Para Todos’
O projeto “Carnaval Para Todos” foi criado com o apoio de diversas associações de Cabo Frio que atendem pessoas com deficiências. Entre as instituições, estão a Conviver e aprender, APPA Casa Azul, Mães Coragem, o Programa Eficiente e o Núcleo de Dança Allan Lobato.
Desde o fim de 2018, o projeto promoveu encontros estratégicos entre suas lideranças para definir a logística do carnaval inclusivo e várias outras iniciativas visando os preparativos para o carnaval, como um workshop sobre atendimento de pessoas com deficiência e oficinas para confecção de adereços e bonecos gigantes, realizados, respectivamente, em janeiro e fevereiro deste ano.
A ideia do projeto é permitir que pessoas com diferentes tipos de deficiências – físicas ou intelectuais – possam se integrar aos foliões.
“O mais importante é o legado. O projeto está fazendo a inclusão da pessoa com deficiência no carnaval em Cabo Frio. A cidade é do povo e a pessoa com deficiência precisa assumir seu local na cidade”, conclui Elizabeth Marge, cadeirante e participante do projeto.
VIA: G1