Representantes do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, Secretaria de Saúde e médicos ortopedistas que atuam no ambulatório do Hospital Municipal Nelson de Sá Earp (HMNSE), em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, se reuniram nesta quarta-feira (30) para discutir o impasse sobre as mudanças nos pagamentos dos profissionais.
Desde segunda-feira (28), os médicos paralisaram o atendimento aos pacientes do ambulatório depois que a Prefeitura anunciou mudanças nas regras trabalhistas e redução salarial. O atendimento na emergência está funcionando normalmente.
Segundo o Cremerj, a paralisação no ambulatório será mantida até que seja firmado um acordo de melhoria na remuneração dos médicos. Para esta sexta-feira (1º), uma nova reunião está marcada para discutir o assunto.
De acordo com a Prefeitura de Petrópolis, os pacientes que tinham consultas marcadas para esta semana estão sendo reagendados. O ambulatório do HMNSE atende, em média, 120 pessoas por dia.
Um médico, que não quis se identificar, disse ao G1 que não recebeu os salários de novembro e dezembro. E com as mudanças anunciadas pela Prefeitura, ele receberia bem menos do que o combinado previamente.
“Uma coisa é você trabalhar e saber quanto vai receber e a outra é trabalhar e não receber o combinado”, afirmou.
O profissional afirmou ainda: “A gente quer continuar trabalhando, não quer parar, mas pelo que estão propondo não vai dar para continuar”, afirmou ao G1.
Já a Secretaria de Saúde do município alega que há médicos trabalhando menos horas do que deveriam e afirma que os pagamentos estavam sendo feitos de forma integral. A norma agora é que os profissionais cumpram 20 horas semanais.
Segundo o órgão, o caso que mais chamou a atenção foi de um médico contratado para sete plantões mensais, que somam 168 horas, mas que cumpria menos de 23 horas no mês.
De acordo com a secretaria, médicos que não se adequarem aos novos procedimentos poderão se desligar da unidade.