Depois de vencer a queda de braço contra a Haas e ficar com o quarto lugar do Mundial de Construtores na temporada 2018, a Renault vai mudar muito. O novo conjunto para 2019 é quase que inteiramente diferente do que foi à pista ano passado. O objetivo é melhorar o desempenho para subir na classificação.
De acordo com o diretor-executivo da Renault, Marcin Budkowski, apenas o sistema de direção será mantido com relação ao carro de 2018. A decisão torna o calendário para aprontar o novo carro bastante complicado, já que a maioria da produção partiu do zero. Difícil, mas possível. E que vai entregar o resultado esperado, Budkowski confia.
“É sempre desafiador ter um carro com milhares de partes e a única coisa que mantivemos do ano passado é o sistema de direção. Isso dá uma ideia que todo o resto do carro está mudando, e mudando porque estamos tentando tirar mais performance de todas as áreas”, disse à revista inglesa ‘Autosport’.
“É um grande esforço para fazer tudo do zero, ainda com a adição das novas regras, mas a meta é desempenho. Quanto mais a gente faz, mais performance podemos ter. Mas o mais estressante é terminar tudo em tempo”, afirmou.
“É apertado, sempre é [o calendário]. Se não fosse, seria errado, porque por definição você deixa tudo que é possível para a última hora para tentar somar quanto desempenho der antes de se comprometer a fabricar as partes e colocá-las no carro”, opinou.
Apesar de todo o aperto, a Renault já submeteu o carro e foi aprovada no teste de impacto obrigatório da FIA. O lançamento está marcado para 12 de fevereiro.
“Deixamos para tarde, mas espero que tenha sido pelas razões corretas em termos de desempenho. O carro vai ficar pronto em tempo do primeiro teste e do lançamento. É assim que deve ser”, garantiu.
A animação se estende também ao novo motor.
“Estamos muito otimistas na parte do motor, mas o motor é como o chassi: nunca está terminado até que você realmente termine tudo e coloque para a primeira corrida. É muito promissor em termos de performance, mas ainda temos que colocar os pontos nos ‘is’ sobre confiabilidade e durabilidade, que é o que estamos fazendo agora em Viry [Châtillon, onde fica uma das fábricas da Renault]”, contou.
“Estamos trabalhando nos motores que vão começar o ano: no fim das contas, desempenho e confiabilidade é uma troca. Você pode extrair mais desempenho de qualquer motor, mas talvez não dure o número de corridas e treinos que você espera. Temos de ver até onde dá para ir na luta desempenho contra confiabilidade, mas estamos otimistas”, finalizou.